Olá, leitores do blog Resenhas de Uma Leitora!
Imagine um detetive, um
verdadeiro mito entre os seus colegas de profissão, conhecido por sempre obter
êxito em trancafiar criminosos atrás das grades. Uma mente brilhante e sagaz
voltada para o bem. Agora, imagine um ladrão de bancos inescrupuloso,
assassino, frio e cruel, desprovido de sentimentos. Tão perspicaz e efetivo quanto
o detetive. Uma lenda intocável. Nunca deixa rastros, nem sobreviventes e nem
dinheiro nos bancos que assalta. Um, a faísca. O outro, o combustível. O livro A Caçada, do autor Clive Cussler, é a combustão concebida pelo choque destes dois
personagens.
Publicado originalmente
em 2007, quase seis anos depois, a editora Novo
Conceito acaba de lançar em território tupiniquim, o livro que é
considerado o auge da carreira de Cussler.
A trama acontece em um
Estados Unidos do início do século vinte, onde o governo norte americano
contrata a renomada e proeminente Agência de Detetives Van Dorn. Dentre os
muitos detetives da agência, existe um que se destaca dos demais como montanhas
em uma planície, e, seu nome, é tão respeitado quanto o da Van Dorn. Esse é o
detetive, Isaac Bell. Ele é encarregado de capturar o nefasto ladrão de bancos,
conhecido pela alcunha agourenta de Assaltante Açougueiro. O criminoso é uma
máquina de pilhar e assassinar, sem distinção, homens, mulheres, crianças e
idosos. Ele nunca deixa rastros.
Tampouco testemunhas de
seus crimes.
Bell e os agentes da
Van Dorn, após muitas dificuldades descobrem a identidade do Assaltante
Açougueiro. E, deste momento em diante, uma verdadeira caçada inicia-se em prol
da justiça.
Cussler possui uma
narrativa habilidosa, ele transporta o leitor através do cenário e do tempo de
modo impressionante. Os detalhes das cidades, os costumes das pessoas da época,
os trajes. Os carros. A locomotiva. Há um capítulo inteiro onde ele descreve
Bell em seu carro em uma corrida alucinada atrás do rastro do Assaltante
Açougueiro. Cussler é milimetricamente perfeito ao descrever a funcionalidade
da máquina. E assim ocorre com a locomotiva.
Uma reviravolta em
forma de catástrofe ocorre em perfeita coesão no exato momento quando tudo
parece estar rumo ao desfecho final. Algo de proporção babilônica e
brilhantemente narrada por um escritor que tem clara consciência sobre o que
está escrevendo.
Os personagens
protagonistas são muito bem descritos, enquanto Bell é o detetive galante e
implacável, o Assaltante Açougueiro é frio, calculista e sem escrúpulos. Ao
mesmo tempo, Marion – par romântico de Bell -, é meiga, dócil e um tanto
ingênua, Margaret, é uma personagem que vive literalmente na luxúria.
A
Caçada tem um ritmo frenético e alucinante, seja pela
habilidosa narrativa ou pela locomotiva a vapor. Uma história sobre o bem e o
mal. Sobre justiça e injustiça. Um thriller com suspense, ação e muita tensão.
Uma aventura de Isaac
Bell.
Muito legal a resenha! Gosto de thriller e achei toda essa historia entre o bem e o mal, tão bem formada, separada, que deve ser um ótimo livro!
ResponderExcluirEu viajo muito com cenas de perseguições e adoro qdo são contadas com detalhes, personagens que tbem são bem definidos fazem toda a diferença!
vou ler sim, vlw pela dica
bjo
As cenas de perseguição são estupendas! :)
ExcluirÓtima resenha, eu já estava interessada após me apaixonar por "O reino", agora que vi sua opinião, poderei ler sem medo "A caçada".
ResponderExcluirIsaac Bell é tão frenético quanto os Fargos. Preciso mesmo conferir, até pq este tem um ótimo vilão que sabe disfarçar seus rastros.
O vilão é muito bem construído. Estou no rumo inverso ao seu, li A Caçada, agora que muito ler O Reino. :)
ExcluirEu gostei muito da leitura do livro. Sua resenha é boa.
ResponderExcluirQue bom que curtiu o livro e a resenha. Obrigado!
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